Enviados do dalai-lama vão à China para reunião com governo

Representantes do líder religioso exilado chegam ao país no sábado, dias antes da passagem da tocha no Tibete

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Enviados do dalai-lama viajarão à China para se encontrar com o governo e discutir a crise no Tibete, disse o governo em exílio na sexta-feira, 2. "Durante essa breve visita, os enviados abordarão o assunto urgente da crise atual nas áreas tibetanas", disse um comunicado do governo em exílio, publicado em seu site.   Veja também: A questão tibetana  Depois da repressão dos protestos contra o comando chinês no Tibete, um coro diplomático internacional exigiu um diálogo entre a China e o dalai-lama. Pequim subitamente anunciou, no fim de abril, que planejava se encontrar com os representantes do líder espiritual tibetano. Os enviados devem chegar à China no sábado, para o que o lado do Tibete chama de "conversas informais". "Temos esperança de que os chineses estejam dispostos a tratar da questão do Tibete de forma realista", disse à Reuters Tenzin Taklha, porta-voz do Dalai Lama, na Índia, onde fica o governo tibetano em exílio. Apesar da oferta de diálogo, a China acusa o líder espiritual do Tibete de manipular a opinião e os governos ocidentais. A China culpa o "grupo" de Dalai Lama pelas revoltas em Lhasa e em outras áreas tibetanas, que, segundo o governo chinês, teriam o objetivo de atrapalhar os Jogos Olímpicos em agosto. Já houve seis rodadas de encontros entre a China e os enviados de dalai-lama desde 2002, sem solução do impasse.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.