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Equatorial e CPFL acertam compra do Grupo Rede

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Por Redação
Atualização:

A Equatorial e a CPFL Energia fecharam um acordo com o controlador do Grupo Rede Energia no qual a Equatorial assumirá o controle da empresa, anunciaram as companhias nesta quarta-feira. Pelo acordo, firmado com o controlador Jorge Queiroz de Moraes Junior, haverá a alienação do controle da endividada empresa elétrica para a Equatorial energia pelo valor de 1 real. Uma segunda etapa do acordo envolve a realização, pela Equatorial e pela CPFL, de investimentos necessários para a recuperação do Grupo Rede, incluindo as concessionárias de distribuição controladas por ele e que estão sob intervenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Não foi especificado nos fatos relevantes divulgados pelas empresas qual seria a participação da CPFL no Grupo Rede, nem qual o montante a ser investido na empresa. "A definição final depende da evolução das condições precedentes", segundo documento enviado pela CPFL à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O acordo está condicionado à autorização prévia da Aneel e à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), além dos credores do Grupo Rede e demais sociedades do grupo em recuperação judicial. Em outubro, CPFL e Equatorial assinaram um memorando de entendimentos com o objetivo de assumir o controle do endividado Grupo Rede, 40 dias após o governo ter decretado intervenção em oito de suas nove distribuidoras. Com isso, Moraes Junior vai alienar o controle das distribuidoras de energia Enersul, Cemat, Celtins, Caiuá, Bragantina, Nacional, Vale Paranapanema e Companhia Força e Luz do Oeste, que se encontram sob intervenção da Aneel. No fim de agosto, a Aneel decretou a intervenção nessas oito distribuidoras do grupo, após o regulador ter estimado que o Grupo Rede tenha uma dívida total de cerca de 5,7 bilhões de reais. A única distribuidora deixada de fora à época foi a Celpa, comprada pela Equatorial no fim de setembro, também por 1 real. No fim de novembro, o Grupo Rede ajuizou pedido de recuperação judicial em São Paulo. (Por Sérgio Spagnuolo)

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