Estímulos elétricos auxiliam no controle de doenças do cérebro

Técnica consiste em introduzir eletrodos dentro do crânio, conectados a marca-passos colocados abaixo da pele no tórax ou no abdome

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Por Agencia Estado
Atualização:

Pessoas com perda da capacidade de andar e de controlar movimentos por causa de doenças do cérebro como a epilepsia e o mal de Parkinson se recuperaram com sucesso no México após a utilização de técnicas de estimulação elétrica. Segundo a Secretaria de Saúde, na Unidade de Neurocirurgia Funcional, Estereotaxia e Radiocirurgia do Hospital Geral do México, foi possível o controle ou desaparecimento de doenças cerebrais e disfunções motoras que eram "impossíveis de controlar com remédios ou cirurgia". A neuroestimulação consiste em introduzir eletrodos dentro do crânio, conectados a marca-passos colocados abaixo da pele no tórax ou no abdome, para obstruir os núcleos e alterar as funções de certas áreas do cérebro danificadas. Por meio da implantação dos dispositivos, diferentes áreas cerebrais podem ser estimuladas sem risco de lesão, o que permite tratar crise epilépticas e outras doenças crônicas. Outra técnica exige a implantação direta no cérebro de pequenos eletrodos. São cabos com um isolamento quase completo, exceto em pontos específicos, chamados de contatos. Para implantar os cabos, os médicos usam a tomografia e a ressonância magnética, para uma localização precisa da região cerebral que se quer estimular, destaca a nota. A técnica permite controlar ou eliminar a epilepsia, ao bloquear a transmissão dos potenciais elétricos gerados no cérebro e que causam as crises convulsivas. A técnica médica foi utilizada com sucesso também para controlar os movimentos involuntários causados pelo mal de Parkinson, além de outros problemas como a rigidez muscular e a falta de equilíbrio. Além disso, a estimulação trata a dor crônica em pacientes submetidos a cirurgias de coluna vertebral, bloqueando a transmissão dos impulsos.

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