EUA tentarão manter base vetada pelo parlamento do Quirguistão

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Por Redação
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O Pentágono informou na quinta-feira que ainda analisa o que poderá oferecer ao Quirguistão a fim de manter aberta a base aérea dos Estados Unidos no país da Ásia Central, apesar da decisão do Parlamento quirguiz de fechá-la. A base aérea de Manas é um ponto de passagem chave para as forças norte-americanas combaterem insurgentes no Afeganistão, onde os EUA planejam acrescentar outros 17 mil soldados, de acordo com ordens anunciadas esta semana pelo presidente Barack Obama. O Parlamento do Quirguistão, com 90 lugares e dominado pelo partido do governo, aprovou na quinta-feira, por 78 votos a favor e um contra, uma proposta do governo de fechar a base. "Continuaremos a considerar o que poderemos ofertar ao governo (do Quirguistão), mas não estamos preparados para ficar a qualquer preço e continuaremos a buscar outras opções disponíveis", disse Bryan Whitman, porta-voz do Pentágono. "Manas é uma base importante para nossas operações no Afeganistão, mas não insubstituível", afirmou ele a repórteres. A decisão parlamentar ocorre num momento de grande rivalidade entre Moscou e Washington pelo controle da Ásia Central, vasta região da antiga União Soviética ainda percebida pela Rússia como parte de sua esfera de interesse. O presidente Kurmanbek Bakiyev anunciou os planos para fechamento da base este mês após aceitar mais de 2 bilhões de dólares em ajuda e crédito da Rússia, sua tradicional aliada. Ele acusou Washington de se recusar a pagar um aluguel maior pelo uso da base. Os EUA afirmam pagar 17,4 milhões de dólares por ano pelo uso da base e fornecerem um total de aproximadamente 150 milhões de dólares em assistência ao Quirguistão anualmente. O Departamento de Estado norte-americano disse ter sido notificado que o Parlamento quirguiz aprovou a decisão de fechar a base e Washington estava considerando suas opções. "Continuamos a avaliar a situação e pesaremos com cuidado todas as opções. Enquanto avaliamos a Base Aérea de Manas, sempre temos alternativas no apoio e na manutenção para nossas operações", disse uma autoridade do Departamento de Estado.

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