Ex-aluno é acusado de agredir professor em Ceilândia-DF

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Por CARINA URBANIN
Atualização:

O professor de história Valério Mariano dos Santos, de 41 anos, do Centro de Ensino Fundamental nº 4, de Ceilândia, cidade-satélite do Distrito Federal, foi agredido ontem por um ex-aluno e pelo primo dele e foi levado desacordado para o Hospital Regional local. Santos recebeu alta ainda ontem e se recupera em casa. O ex-aluno Laerte Furtado, de 21 anos, e o primo dele Leandro Henrique Alves, de 19, são acusados de ter atacado o professor de história. Segundo o delegado Adval Cardoso de Matos, da 15ª Delegacia de Polícia (DP), Furtado e Alves foram ouvidos, responderão ao processo em liberdade e poderão ser condenados a até oito anos de prisão. Eles possuem antecedentes criminais. Matos afirmou que, antes da agressão, Furtado tentou entrar na escola, porém, foi surpreendido e colocado para fora por Santos. O ex-aluno, então, teria começado a jogar pedras nos carros dos professores que estavam estacionados. O professor, ao ver a atitude de Furtado, correu atrás dele, que, em seguida, encontrou Alves na rua. O ex-aluno e o primo dele teriam começado, então, a espancar Santos. O delegado informou que o professor, há alguns anos, foi o coordenador responsável pela expulsão de Furtado do Centro de Ensino Fundamental. Segundo Matos, a investida poderia ter sido evitada. "Foi um erro ir atrás do rapaz; a nossa orientação é que, em casos como esse, a polícia seja acionada, este é o procedimento correto", destacou. "É sempre importante que professores tenham, em mãos, o telefone de uma delegacia", concluiu. A Secretaria de Educação do Distrito Federal classificou o acontecimento como "repudiável". A secretaria também ressaltou que é realizado, em todo o Distrito Federal, um programa para a redução da violência e promoção da cultura da paz. Os professores e alunos de 619 escolas públicas respondem a formulários para que o quadro de violência nos colégios seja definido. Esses documentos serão avaliados pela pasta, que avaliará as carências de cada unidade de ensino, e assim, poderá chegar a iniciativas eficazes de segurança.

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