META DE INFLAÇÃO MENOR
Marina ascendeu à corrida presidencial após a morte do candidato socialista Eduardo Campos em um acidente aéreo em agosto e tem aparecido nas pesquisas eleitorais empatada em simulação de segundo turno com Dilma, que tenta a reeleição.
O programa da candidata do PSB prega a independência institucional do Banco Central e promete recuperar o tripé macroeconômico formado por meta de inflação, superávit primário e câmbio flutuante.
Única dos principais candidatos na corrida presidencial a já ter apresentado programa de governo, a ex-senadora e ambientalista tem evitado esmiuçar os pontos econômicos de seu programa. No domingo, ela disse, ao ser perguntada sobre isso, que o "mais importante é recuperar a credibilidade do Brasil, sem o que não adiantará números".
Campos, ex-governador de Pernambuco que encabeçava a chapa à Presidência que tinha Marina como vice, tinha se comprometido em reduzir, caso eleito, a meta de inflação para 3 por cento para o ano seguinte ao término de seu mandato.
Rands adiantou à Reuters que uma administração Marina buscará reduzir a meta de inflação oficial, que é atualmente de 4,5 por cento ao ano, com margem de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
"O acordo é baixar a meta, a Marina já deu um ok para isso", disse Rands, acrescentando que ainda não se chegou a um percentual específico como alvo a ser alcançado.
Sobre a taxa básica de juro, o economista afirmou que o patamar atual da Selic, em 11 por cento ao ano, pode ser "mais que suficiente" para controlar a inflação se suportada pela política fiscal.
"Talvez com Marina essa taxa de 11 por cento seja mais que suficiente para controlar a inflação, desde que você tenha uma gestão fiscal adequada", disse.