Fabricantes japonesas de TV recorrem em massa a vendas de ativos

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Por TIM KELLY
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A deficitária fabricante japonesa Panasonic tem mais de 10 milhões de metros quadrados em escritórios e fábricas, além de dormitórios para empregados e complexos esportivos. Em meio aos esforços para reduzir os custos fixos e melhorar o fluxo de caixa, o conglomerado de produtos eletrônicos está procurando compradores para alguns desses ativos. Outras fabricantes japonesas de TV em situação igualmente difícil, como Sony e Sharp, também estão vendendo imóveis e negócios em um grande "bazar" que pode levantar até 3 bilhões de dólares ao todo. A Panasonic planeja levantar até o fim de março 1,34 bilhão de dólares com a venda de imóveis e participações acionárias em outras companhias japonesas, disse o vice-presidente financeiro da companhia, Hideaki Kawai, à Reuters. "Temos muitos imóveis e terrenos no Japão e no exterior", disse Kawai na sede, em Osaka. Ele se recusou a informar quais propriedades estariam à venda, mas disse que a maioria deles fica no Japão. A Panasonic vai concentrar as atividades em baterias, autopeças e eletrodomésticos, enquanto a Sony vai apostar em smartphones, videogames e câmeras. A Sharp vai se voltar para telas e está formando alianças com empresas como a Hon Hai e Qualcomm. A Sony também pode vender imóveis para levantar o capital de que tanto precisa, e é possível que coloque à venda um prédio em Nova York de 37 andares. Essa venda pode render 1 bilhão de dólares à fabricante. A Sharp hipotecou quase todas suas propriedades para garantir um resgate de 4,6 bilhões de dólares pelos bancos japoneses, e por isso não têm muitos ativos a vender.

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