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Falsa médica diz que simulou seqüestro em Taubaté-SP

Por Simone Menocchi
Atualização:

A enfermeira Cláudia Maria Gonzaga Ferreira, de 49 anos, que ficou conhecida ao relatar ter sido vítima de um seqüestro em Taubaté, no Vale do Paraíba (SP), decidiu contar a verdade para a polícia. O suposto crime, pelo qual os bandidos teriam cortado os pulsos dela e depois a jogado no Rio Paraíba, não passou de uma simulação. A revelação foi feita ontem por Cláudia, em depoimento à polícia. Ao delegado Marcelo Duarte, ela afirmou que ficou desesperada quando soube que era investigada pela Polícia Civil de São José dos Campos (SP) por exercício ilegal da medicina. "Na clínica onde está internada, ela relatou que tomou muitos remédios depois de saber que estava sendo investigada, cortou os pulsos e decidiu jogar-se no rio. Depois, arrependeu-se, pediu socorro e inventou essa história", disse Duarte. O suposto crime aconteceu no dia 21. Um dia antes, a direção da Santa Casa de Misericórdia de São José dos Campos a tinha denunciado por exercício ilegal da profissão, apresentação de documentos falsos e estelionato. Cláudia atuava na Santa Casa desde 2007. O número do registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) apresentado pela enfermeira, que atuava como médica do trabalho na Refinaria Henrique Lage (Revap), da Petrobras, seria de outra profissional. Na polícia de Taubaté, Cláudia responderá por falsa comunicação de crime. Já na de São José dos Campos, responderá por pelo menos quatro crimes: falsidade ideológica, estelionato, apresentação de documentos falsos e exercício ilegal da medicina.

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