
18 de março de 2010 | 00h00
Os Estados Unidos, por exemplo, têm dezenas de torres que fazem esse tipo de medição. Elas são importantes para obter informações estratégicas, usadas atualmente nas negociações climáticas entre os países, em que são decididas as metas que cada um adotará de corte de emissões dos gases-estufa.
Um dos pontos de medição dos gases que provocam o aquecimento global na América do Sul está em Ushuaia, na Argentina, e outro em Arembepe, no Brasil. Um terceiro ponto está em construção no norte de Manaus: uma torre com 320 metros de altura, que deve começar a operar em 2012 ou 2013.
"Será possível medir as emissões ou a absorção de gases-estufa de toda a floresta amazônica, de Belém a São Gabriel da Cachoeira", afirma o físico Paulo Artaxo, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP).
"Não queremos que a Nasa (agência espacial americana) diga quanto o Brasil emite sem ter um dado para rebater", disse Artaxo durante o seminário "Economia do Clima", realizado ontem na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, em São Paulo.
BOICOTE
Nestlé e Greenpeace brigam na internet
Uma batalha na internet foi travada ontem entre o Greenpeace e a gigante do setor de alimentos Nestlé. A ONG colocou na rede um vídeo viral onde relacionava a extinção de orangotangos na Indonésia à produção de óleo de palma, um dos principais ingredientes dos chocolates da empresa suíça. Segundo o Greenpeace, florestas tropicais e de turfa, nativas da Indonésia, estão sendo derrubadas para dar lugar à plantação de palmeiras, de onde é extraído o óleo. A Nestlé chegou a anunciar que suspenderia contratos com a Sinar Mars, a maior produtora de óleo de palma da Indonésia. Ao mesmo tempo, pediu a retirada do vídeo do Greenpeace do site Youtube.
AVIAÇÃO
Biocombustíveis preocupam ONGs
Ambientalistas estão preocupados com a possibilidade de, em dez anos, a maior parte do combustível usado em aviões de passageiros ser feita de plantas. Empresas aéreas buscam alternativas ao petróleo. Porém, entidades como a Coalizão Florestal Global temem que os biocombustíveis gerem desmatamento. /AFRA BALAZINA e ANDREA VIALLI, com AP
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