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Família britânica tenta cirurgia de R$ 107 mil nos EUA para corrigir paralisia em filho

Taliesin Campbell, de três anos, passará por procedimento que corta parte dos nervos.

Por BBC Brasil
Atualização:

A família de um menino de três anos do País de Gales, que sofre de paralisia cerebral, espera que ele consiga andar normalmente depois de uma cirurgia nos Estados Unidos. A mãe de Taliesin Campbell, Claire, conta que o filho só consegue se arrastar pela casa, pois os músculos das pernas não deixam ele firmar os pés no chão. "Ele tenta andar, mas tropeça", contou a mãe. Claire diz que as pernas de seu filho tendem a se cruzar quando ele tenta andar e cada passo pode ser um desafio para ele. Então, Claire e o marido resolveram seguir o exemplo de outras 50 famílias britânicas e levar o filho para uma operação nos Estados Unidos. Claire diz que a operação vai permitir que ele se sente normalmente, fique em pé e caminhe sozinho. "Porque, no momento, Taliesin precisa de muita ajuda e fisioterapia", afirmou. Com a operação, Claire espera que, em dez anos, seu filho não precise de tanta ajuda e seja independente. A operação é feita em um hospital de St. Louis, por um dos mais renomados neurocirurgiões dos Estados Unidos, TS Park. Na cirurgia os médicos expõem o feixe de nervos na espinha que controla a as sensações nas pernas. A família de Taliesin Campbell vai levantar o dinheiro para a operação Então, eles testam cada um dos nervos com uma pequena corrente elétrica. Os que forem considerados hiperativos serão cortados. Com os sinais enviados para as pernas reduzidos, os músculos relaxam. Park conta que não é uma cirurgia experimental. "Já é praticada nos Estados Unidos há 23 anos. Espero que a Grã-Bretanha analise isso e faça uma política apropriada." Claire Campbell levou o filho para visitar outra criança, Evan Hansen, que passou pela cirurgia e já teve sua vida mudada A mãe, Paula Hansen, conta que o filho já consegue ficar de pé sozinho por quase vinte segundos. "O que é um milagre, pois antes ele apenas caía", disse. Paula conta ainda que, diferente de outras crianças com este problema, ele não vai precisar de fisioterapia no futuro, nem de cirurgias ortopédias ou outras terapias. Por isso, para ela, o preço da cirurgia nos Estados Unidos equivalente a R$ 107 mil foi, na verdade, uma economia. Para a família de Claire Campbell, a decisão foi difícil, mas agora eles vão levantar o dinheiro e partir para St. Louis. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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