Família da juíza faz críticas às conclusões da polícia

PUBLICIDADE

Por ALFREDO JUNQUEIRA E FÁBIO GRELLET
Atualização:

A família da juíza Patricia Acioli recebeu com desconfiança a notícia de que seus assassinos foram identificados. Para Humberto Nascimento, primo da magistrada, as conclusões apresentadas "não batem" com a investigação independente realizada pela família. Nascimento acredita que outros policiais participaram e afirma que houve "apoio logístico e acobertamento do 7º BPM (São Gonçalo) e do 12º BPM (Niterói) na execução de Patrícia"."Acho que estão botando na conta deles. Eles já iam pegar 30 anos de cadeia pelo assassinato que tentaram transformar em auto de resistência", disse Nascimento, referindo-se à execução de Diego de Souza Beliene, 18 anos, em São Gonçalo, em junho. "É muito estranho que só hoje a polícia tenha feito busca e apreensão das armas do 7º BPM", argumentou o primo da juíza."São peixes pequenos. Queremos saber quem mais está envolvido. Para a família, alguém deu a ordem que eles cumpriram", disse Márcia Acioli, 44, irmã da juíza, depois da missa em homenagem a Patrícia, promovida pela a Associação dos Magistrados do Brasil, na Igreja da Candelária, no Centro. Na avaliação do advogado Técio Lins e Silva, que representa a família, a identificação dos suspeitos não causou surpresa. Para ele, Patrícia não teria sido morta se continuasse com escolta policial. O Tribunal de Justiça do Rio retirou o aparato de segurança da juíza em julho de 2007. "Foi apenas dado o nome aos bois, pois o rebanho já era conhecido", disse Lins e Silva.Hoje, além da missa na Candelária, foram realizados atos em memória de Patrícia. Na praia de Icaraí, em Niterói, a ONG Rio de Paz plantou uma árvore que foi batizada com o nome da juíza e acendeu centenas de velas. A família de Patricia promoveu outra missa na cidade.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.