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FAO vê queda da produção mundial de arroz em 2012

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Por Redação
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A agência para agricultura e alimentação da Organização das Nações Unidas para (FAO) reduziu suas previsões para a produção mundial de arroz em 2012, mas disse que a oferta ainda continuará superior à demanda, e que não há risco maior de uma crise de alimentos desde que os países não lancem mão de proibições às explorações. A FAO disse nesta segunda-feira que havia diminuído sua projeção para a produção de arrozais neste ano em 7,8 milhões de toneladas, para 724,5 milhões de toneladas, devido principalmente às chuvas de monção abaixo da média na Índia. Esse volume é ainda mais alto que os níveis atingidos em 2011, disse a FAO sobre o monitoramento do mercado de arroz. Com base em moído, isso significa 483,1 milhões de toneladas, acima da expectativa de utilização de 474 milhões de toneladas em 2012/13. "A situação é ainda bastante confortável quanto ao arroz", disse por telefone, Concepcion Calpe, economista sênior da FAO. "Mesmo no caso da Índia, onde está acontecendo essa temporada ruim de monções, nós ainda prevemos um nível de produção que será mais que suficiente para atender às necessidades do país, e deixar um excedente para exportações." Em julho, a agência havia citado abundantes estoques de arroz como uma das razões pela qual os mercados mundiais ainda não estavam enfrentando uma crise alimentar como a de 2007/2008, apesar do aumento dos preços dos grãos. Calpe disse nesta segunda-feira que era improvável que a situação de 2007/08 se repita desde que os "países não comecem a reagir de forma descontrolada como fizeram em 2007, o que quer dizer que a Índia não deve estabelecer a proibição das exportações só por que as monções estão atrasadas". Uma temporada de monções 22 por cento abaixo da média na Índia em meados de julho deve reduzir a oferta do país neste período, disse a FAO. Previsões de produção também foram cortadas para países como Camboja e Nepal. A probabilidade de que haja uma forte recuperação nos preços do arroz nos próximos meses é mínima, mas a direção futura dos preços do arroz permanece incerta, disse a FAO. (Reportagem de Catherine Hornby)

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