Fazenda defende mínimo de R$545 junto a bancadas

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Por Redação
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O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, defendeu nesta terça-feira junto à bancada do PSDB na Câmara dos Deputados a proposta do governo para o salário mínimo de 545 reais 2011. Barbosa usou como argumento as medidas tomadas pelo governo Lula durante a crise financeira internacional, que, segundo o secretário, beneficiaram os trabalhadores. Também naquele período, o acordo de valorização do mínimo foi mantido. "No ano em que a receita do governo ficou bem abaixo do esperado, cumprimos o acordo e aumentamos o salário mínimo em 7,2 por cento", disse durante o encontro, o primeiro do secretário na Câmara, que ainda se reunirá com outra bancada de oposição, a do DEM, e a do PSB, da base. Também houve correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física em 2009 e 2010, sustentou, além da tomada de medidas de estímulo da recuperação da atividade. "Não houve penalização dos trabalhadores. Por isso achamos que não há uma excepcionalidade que justifique um rompimento da regra", disse, insistindo ainda na responsabilidade fiscal. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) defende uma medida de exceção que eleve o mínimo a 560 reais, antecipando parte do reajuste de 2012, enquanto o PSDB apresentou proposta para elevar o valor para 600 reais, embora parlamentares do partido admitam apoiar o valor de 560 reais, mesmo proposto pelo DEM. Em 2012, projeções indicam correção de 13 por cento, elevando o valor a 616 reais. A presença do número dois da pasta da Fazenda na Câmara, acompanhado do ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais), faz parte da pressão da presidente Dilma Rousseff para aprovar o valor de 545 reais, dias após o anúncio de corte de gastos de 50 bilhões de reais. O próprio ministro Guido Mantega (Fazenda) comparece ao Plenário para debater o mínimo. O projeto de reajuste do salário mínimo, enviado ao Congresso na semana passada, deve ser votado na quarta-feira. (Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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