19 de julho de 2012 | 10h09
É a segunda ameaça de greve durante a Olimpíada feita nesta semana. Na quarta-feira, agentes de fronteira declararam estado de greve, o que pode gerar enormes filas nos controles de passaportes no aeroporto de Heathrow.
O sindicato ferroviário Aslef disse que cerca de 450 filiados irão parar entre os dias 6 e 8 de agosto, por causa de uma disputa envolvendo suas contribuições previdenciárias. A Olimpíada vai de 27 de julho a 12 de agosto.
A greve ferroviária afeta o serviço da empresa East Midlands Trains, o que prenuncia transtornos para moradores de cidades inglesas como Sheffield, Nottingham e Derby em seus deslocamentos a Londres durante os Jogos.
A East Midlands Trains também opera serviços para Leicester, a cerca de 40 quilômetros do Estádio Municipal de Coventry, que recebe a disputa da medalha de bronze do futebol feminino no dia seguinte ao encerramento da greve.
A empresa pediu aos sindicalistas que negociem mais para evitar a greve, e disse que, caso a paralisação seja mantida, serão adotadas medidas destinadas a impedir transtornos.
Os transportes serão um dos maiores desafios para os organizadores dos Jogos Olímpicos. Não há estacionamentos disponíveis nos locais de disputas em Londres, e todos os espectadores precisarão chegar lá andando, de bicicleta ou em transporte público.
O sistema de transporte britânico costuma ter dificuldades para atender à demanda em períodos de movimento excepcional, e alguns temem um colapso durante a Olimpíada.
Funcionários adicionais foram mobilizados para os aeroportos a fim de reduzir as filas, e mais de 160 quilômetros de ruas e avenidas em Londres terão faixas especiais para o deslocamento de atletas e autoridades.
Os agentes de fronteira devem anunciar na quinta-feira detalhes sobre o seu movimento de protesto por melhores salários e condições de trabalho. O governo diz que o protesto dos agentes de fronteira terá pouco apoio popular, pois a votação que aprovou o estado de greve teve a participação de apenas 20 por cento da categoria.
(Reportagem de Peter Griffiths)
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