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Filho de Kadafi diz que Líbia prepara 'grande ofensiva' contra rebeldes

'É o momento de agir', diz Saif Kadafi, que promete resistir às pressões dos EUA e da Otan

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Por Redação
Atualização:

TRÍPOLI - Saif Kadafi, filho do ditador da Líbia, Muamar Kadafi, declarou nesta quinta-feira, 10, que as forças leais ao regime planejam uma ampla ação militar contra os rebeldes engajados em combates com forças do governo, segundo entrevista concedida à Reuters. Saif, militar como o seu pais, disse ainda que seu país jamais se renderia aos EUA ou à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

 

 

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Segundo Saif Kadafi, a Líbia está se preparando para uma ação militar em larga escala para reprimir a rebelião e não se entregará mesmo houver uma intervenção militar das potências do Ocidente. "Chegou a hora da libertação. Chegou a hora da ação. Estamos nos mexendo agora", disse na entrevista, realizada em inglês. Questionado se o governo estava se preparando para ampliar sua campanha militar, Saif disse que "o momento (de contra-atacar) é agora". "É o momento para agir... Demos a eles duas semanas (para negociações. Jamais desistiremos. Jamais iremos nos entregar. Esse é o nosso país. Lutamos aqui na Líbia. O povo líbio nunca irá abrir as portas para a Otan, jamais receberemos os americanos aqui. A Líbia não é um pedaço de bolo", concluiu.

 

Kadafi luta contra os rebeldes que tentam derrubar seu governo há 24 dias. O ditador tem sido criticado pela comunidade internacional por conta da brutalidade com que tem combatido os insurgentes - com ataques aéreos e o uso de mercenários. A ação dos opositores encurralou o coronel, que perdeu o controle de boa parte do leste do país e agora tenta retomar o território perdido.

 

Kadafi e seus familiares também foram alvos de sanções dos EUA, da União Europeia e da Organização das Nações Unidas (ONU). Órgãos e governos estrangeiros também estudam a imposição de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, o que auxiliaria os rebeldes na luta contra o regime do coronel.

 

Com informações da Reuters

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