Filipinas culpam capitão de navio por vazamento de petróleo

Aproximadamente 30 mil pessoas foram afetadas pelo derramamento

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Por Agencia Estado
Atualização:

O comitê do Ministério da Justiça das Filipinas que analisou as causas da mancha de petróleo que toma conta do litoral do país recomendou que sejam apresentadas acusações criminais contra o capitão do petroleiro que afundou, no dia 11 de agosto, no estreito de Guimarães, a sudeste de Manila. "Ele estava capacitado para capitanear um cargueiro de produtos químicos, não um petroleiro, e, mesmo assim, ele aceitou comandar o ´Solar 1´, que era um petroleiro", explicou o vice-ministro filipino de Justiça, Ernesto Pineda, segundo a rede de televisão GMA. O capitão Norberto Aguro pode ser acusado por imprudência, seguida de homicídio e de dano à propriedade. Sua situação se agrava porque dois marinheiros de sua tripulação continuam desaparecidos. O "Solar 1", propriedade da Sunshine Maritime Corporation, naufragou devido às fortes ondas. A embarcação transportava mais de 2 milhões de litros de petróleo da companhia filipina Petron. Pelo menos um terço desse total já foi derramado. O derramamento contaminou 1.143 hectares de uma reserva marinha, 823 hectares de criadouros de peixe, 1.128 hectares de mangues, 16 quilômetros quadrados de recifes e 245 quilômetros de costa, segundo o Conselho Coordenador de Desastres das Filipinas. Aproximadamente 30 mil pessoas foram afetadas pelo derramamento. Muitas recorreram esta semana aos centros de assistência e pediram alimentos, sabonete e creme dental, segundo a Cruz Vermelha.

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