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Físicos tentam explicar chuva repentina

Teoricamente, o processo de fusão das gotículas em pingos de chuva deveria ser lento

Por Agencia Estado
Atualização:

Como qualquer um que já tenha se visto na rua sem guarda-chuva sabe, mesmo a nuvem de aparência mais inocente pode dar origem a uma súbita torrente de chuva. Uma nova teoria tenta explicar como isso acontece. Pingos de chuva se formam quando gotículas microscópicas de umidade, suspensas no ar, colidem e se fundem. Cientistas podem reproduzir o fenômeno em simulações de computador, mas não há um consenso sobre o mecanismo exato, de acordo com o website ScienceNOW. Um dos motivos para o dilema é exatamente a ocorrência de pancadas repentinas de chuva, já que, teoricamente, o processo de fusão das gotículas é lento: como as gotículas são carregadas todas juntas pelo vento, elas deveriam se mover todas à mesma velocidade, o que tornaria as fusões muito raras . O pesquisador Bernhard Mehlig, do Departamento de Física da Universidade de Goteborg, na Suíça, e colegas identificaram um mecanismo que poderia explicar a chuva súbita: inércia. Se a resistência do ar não for grande demais e a turbulência causar mudanças repentinas em redemoinhos, então uma gota que venha voando depressa não desacelerará imediatamente ao entrar num trecho de ar Amis lento, e uma gotícula lenta não será acelerada automaticamente pelo vento mais forte. Com isso, a taxa de colisão aumenta com as gotículas mais rápidas atropelando as mais lentas. A teoria pode explicar como pingos de chuva se formam em poucos minutos - e caem.

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