Florença nega que abuso sexual esteja sob análise do Vaticano

Sacerdote Lélio Cantini, de 84 anos, é acusado de abusar de diversos frequentadores de paróqia desde 1975

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Por Ansa
Atualização:

Em comunicado, a diocese de Florença nega que o Vaticano tenha enviado representantes à cúria da cidade para investigar o caso de abusos sexuais cometidos pelo sacerdote Lélio Cantini. "O uso instrumental de falsa 'notícia' parece evidente", afirma o texto. Essa informação já vinha sendo alvo de especulações e foi publicada nesta quinta-feira, mais uma vez, pela imprensa. "É falsa e carece de fundamento a notícia publicada hoje no jornal La Repubblica, que cita um suposto 'enviado do Vaticano à cúria (de Florença)", diz o comunicado. Há alguns meses, estourou o escândalo vinculado a Cantini. Diversos ex-freqüentadores da paróquia revelaram ter sido vítimas, a partir de 1975, de violências sexuais e psicológicas, e de manipulações de consciência por parte do sacerdote. O acusado, atualmente com 84 anos, foi dirigente da "Rainha da Paz", na periferia de Florença, até setembro de 2005. Em abril deste ano, o cardeal Ennio Antonelli, arcebispo de Florença, reconheceu, em carta pública, que Cantini era culpado pelos abusos sexuais. A notícia publicada hoje, de que teria sido encomendado a um sacerdote o ofício de investigar o caso, já havia sido anunciada pela Assembléia do Clero, reunida em junho, e foi sucessivamente explorada pela publicação semanal local Toscana Oggi.

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