Fogaça e Rosário confrontam administrações do PMDB e do PT

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Por Redação
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Com as alianças fechadas e sem grandes ataques, José Fogaça (PMDB) e Maria do Rosário (PT) investem na comparação de resultados para convencer os eleitores na disputa pelo segundo turno das eleições em Porto Alegre. O PT tenta recuperar a prefeitura após a interrupção de um ciclo de quatro administrações sucessivas na capital. Enquanto Maria do Rosário se esforça em apontar áreas que teriam piorado durante o governo Fogaça, o atual prefeito e favorito nas pesquisas de intenção de voto mostra resultados e acusa os antecessores de terem deixado obras não realizadas e as finanças municipais no vermelho. Além de temas como saúde e educação, constantes nos confrontos entre os candidatos, Rosário tenta atingir Fogaça ao responsabilizá-lo por uma suposta perda de espaço e projeção da capital no contexto nacional e internacional. Ao apelo petista de "acelera Porto Alegre", o prefeito responde dizendo que a adversária ataca a cidade ao desconsiderar os bons projetos já realizados. Fogaça venceu o primeiro turno com 43,8 por cento dos votos enquanto Maria do Rosário fez 22 por cento. Para tentar virar o jogo, Rosário trocou seu marqueteiro. O afastamento teria sido resultado de críticas quanto ao conteúdo da campanha e de divergências sobre valores para o trabalho no segundo turno. As duas candidaturas apostam em programas mais dinâmicos, cenas de rua e depoimentos de apoio de eleitores. ALIANÇAS Após uma série de conversas e negociações, o PCdoB formalizou nesta quarta-feira o apoio à candidatura de Maria do Rosário. No primeiro turno, a coligação PCdoB/PPS/PSB ficou em terceiro lugar com 15 por cento dos votos dados à deputada comunista Manuela D'Àvila. A ex-candidata não compareceu à reunião e sua participação na campanha ainda não está confirmada. O PCdoB seguiu a indicação das lideranças nacionais do partido, mas na costura da aliança local, reivindicou a formalização do compromisso do PT com propostas apresentadas no primeiro turno. A exigência da revisão das críticas petistas ao PPS foi resolvida com um elogio sobre a aliança do primeiro turno, liderada pelos comunistas. Enquanto o PPS ainda discute se apoiará Fogaça ou manterá uma posição de neutralidade, PSDB e DEM já formalizaram a aliança com o atual prefeito. Na primeira pesquisa do Ibope, divulgada em 11 de outubro, Fogaça aparece na frente com 51 por cento das intenções de voto. Rosário tem 40 por cento. (Reportagem de Sinara Sandri)

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