PUBLICIDADE

Fornecedoras de paywall dos EUA e da Europa juntam forças

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A Piano Media, fornecedora europeia de softwares de controle de acesso pago a sites, conhecidos como "paywall", fechou a compra da concorrente norte-americana maior Press Plus por um montante não revelado, conforme cada vez mais jornais e revistas cobram por conteúdo em seus websites. Kelly Leach, executiva veterana do Wall Street Journal, da News Corp, vai liderar a companhia combinada como presidente-executiva. Ela tem como meta dobrar a receita no próximo ano defendendo que veículos da Europa, Ásia e América Latina sigam os veículos norte-americanos e montem paywalls. "Há a compreensão entre publishers agora de que os anúncios online não podem ser as únicas fontes de renda, e assim paywalls estão se tornando cada vez mais importantes", disse Leach em entrevista. O Wall Street Journal foi pioneiro na cobrança em seu website no final da década de 1990, seguido pelo Financial Times em 2001 e o New York Times em 2008, que criou o que é chamado de paywall de acesso "limitado", onde usuários podem visualizar um pequeno número de artigos gratuitamente antes de precisarem assinar o produto. Nos últimos anos, um número menor de jornais e revistas dos EUA também adotaram paywalls como maneira de impulsionar as vendas enquanto a receita com publicidade caía. Analistas estimam que cerca de metade dos diários dos EUA hoje cobram por seus websites. O sucesso dos paywalls levou a uma mudança história na mídia nos EUA, com assinaturas e receita de leitores gerando mais dinheiro do que a publicidade. O New York Times gerou cerca de 60 por cento de sua receita com leitores e não publicidade no ano passado, disse o analista Ken Doctor, enquanto a indústria norte-americana no geral está caminhando para conseguir 30 por cento de sua receita com leitores no ano que vem. (Por Leila Abboud)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.