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Foz diz que quadro de homicídio de jovens foi revertido

Por Evandro Fadel
Atualização:

A Secretaria da Segurança Pública do Paraná alegou que as políticas públicas implementadas em Foz do Iguaçu já reverteram a tendência apontada em pesquisa feita pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e divulgada hoje pela Secretaria Especial de Direitos Humanos. Foz encabeça a lista dos municípios de mais de 100 mil habitantes com as maiores taxas de mortalidade jovem no País, com a projeção de que 9,7 a cada mil jovens de 12 anos devem morrer antes dos 18 na cidade. No entanto, a secretaria estadual diz que o número de homicídios de adolescentes, com idade entre 12 e 18 anos, já caiu 36,7% entre 2006 e 2009. "O estudo divulgado pelo governo federal é uma grande estimativa baseada em dados de 2006. O importante é que nós implementamos políticas públicas na área de segurança e revertemos esta tendência", disse o secretário Luiz Fernando Delazari, em nota distribuída pela assessoria de imprensa. "Caso o estudo fosse trazido para hoje, seu resultado seria bastante diferente." Ainda segundo a secretaria do Paraná, os assassinatos, independentemente de faixa etária, teriam caído pela metade de 2005, quando a média era de um por dia, até hoje, quando ocorre um a cada dois dias. Pelos números da secretaria, em 2005 foram mortos 59 adolescentes na cidade. Em 2007, o número subiu para 77. No ano passado, caiu para 48 e, até junho deste ano, foram 19. "Apesar da importância de um estudo como este, que mobiliza a sociedade a voltar sua preocupação para a violência entre os jovens, para as políticas de segurança ele não representa nenhuma novidade. Para coibir a criminalidade precisamos ter dados praticamente em tempo real, com muito pouca defasagem, como faz o geoprocessamento", ressaltou o secretário.

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