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França encontra cauda de avião da Air France--familiares

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Por Redação
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A França localizou a cauda do avião da Air France que caiu no oceano Atlântico após decolar do Brasil em 2009, informou o presidente da associação das vítimas do acidente, que deixou 228 mortos. Nessa parte da aeronave estariam localizadas as caixas-pretas. "Foi localizada a cauda do avião. Todas as caixas-pretas de toda aeronave ficam na cauda do avião", disse à Reuters por telefone o presidente da Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 447 da Air France, Nelson Faria Marinho. A cauda do avião foi localizada, segundo Marinho, na mesma área onde foram encontrados outros destroços da aeronave e corpos no início do mês. A Força Aérea Brasileira (FAB) informou, por meio de um porta-voz, que ainda buscava confirmação sobre a localização da parte da aeronave que teria sido encontrada e das caixas-pretas junto a autoridades francesas. O voo 447 da Air France, operado por um Airbus 330-203, caiu no mar, em águas internacionais perto da costa brasileira, quando seguia do Rio de Janeiro para Paris, sem deixar sobreviventes. Esta é a quarta vez que são realizadas buscas pelas caixas-pretas da aeronave, uma operação que está sendo conduzida usando um veículo de resgate equipado com submarinos não-tripulados. Marinho participou de reunião com o BEA (órgão de investigações e análises da França), autoridade encarregada da investigação do acidente, em Paris. De acordo com o presidente da associação, a retirada dos destroços deverá ser iniciada em três semanas. As causas do acidente ainda não foram reveladas, mas um relatório informou ser impossível determinar o motivo claro para a queda do avião sem os dados das caixas-pretas. Marinho defende que, umas vez resgatadas, as caixas-pretas sejam examinadas em uma país neutro, como os Estados Unidos. Segundo ele, o governo francês pressiona para que elas sejam encaminhadas à França. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que no caso de acidentes ocorridos em águas internacionais, tratados internacionais determinam que a responsabilidade de investigação das causas cabe ao país de procedência da aeronave, podendo contar com a colaboração de outros países. "Quem tem que fazer isso é a Franca", disse Jobim a jornalistas durante visita a uma feira de defesa e segurança no Rio de Janeiro. "Vamos cumprir esses acordos". (Por Hugo Bachega, com reportagem de Pedro Fonseca e Eduardo Simões no Rio de Janeiro)

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