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Funcionários da reitoria da USP param

Motivo é transferência de local de trabalho durante período de reforma do câmpus

Por Mariana Mandelli
Atualização:

Os funcionários da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) decidiram ontem, em assembleia com cerca de 40 pessoas, entrar em greve por tempo indeterminado. Também foi definido que a entrada do prédio da reitoria ficará bloqueada - o que na realidade já ocorre desde terça-feira, quando os funcionários terceirizados da limpeza, em protesto por falta de salário, organizaram um piquete.A decisão do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) é baseada em uma série de insatisfações que a entidade afirma ter em relação à atual gestão. Entre elas, eles destacam a transferência temporária de servidores para departamentos realocados fora do câmpus, por causa da reforma da Cidade Universitária. Ontem, 125 funcionários da reitoria deveriam mudar para Santo Amaro, sul de São Paulo. "Esperamos que essa greve da reitoria seja uma fagulha para aumentar o movimento", afirma Magno de Carvalho, diretor do Sintusp.A USP afirma que os servidores transferidos podem recorrer a uma troca com colegas que ficarão no câmpus ou solicitar à administração a transferência para setores que não se mudarão. Os deslocados terão vale-refeição e local para estacionamento. Sujeira. Na manhã de ontem, um novo ato dos funcionários da empresa União, contratada para a limpeza do câmpus, sujou os corredores da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Cerca de 300 funcionários estão paralisados desde sexta-feira. Anteontem, a diretoria da unidade divulgou uma nota em que condenava a postura dos trabalhadores.Por conta do fechamento da reitoria, a reunião de ontem do Conselho de Graduação (CoG) ocorreu em outro prédio. No encontro, foi aprovado o edital de apoio aos cursos noturnos - que a reportagem do Estado mostrou em março - e a taxa de inscrição para a Fuvest 2012, de R$ 120. A USP oferece 60 mil isenções, de acordo com critérios estabelecidos.

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