Fundo privado contra desmate terá R$ 51 mi para ONGs

Recursos virão do caixa da mineradora Vale e financiarão projetos na Amazônia; ideia é atrair outros financiadores

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Por Andrea Vialli e Afra Balazina
Atualização:

Sete instituições reconhecidas pelo trabalho na Amazônia terão um reforço financeiro para continuar com sua atuação na região e iniciar novos projetos. O Fundo Vale, que será lançado oficialmente amanhã, contará com R$ 51 milhões para investimentos em três anos. Os beneficiados são o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o Instituto Floresta Tropical (IFT), a The Nature Conservancy (TNC), o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), o Instituto Peabiru e o Instituto Socioambiental (ISA). Os recursos do fundo serão usados em três áreas: no monitoramento do desmatamento, na criação e consolidação de Unidades de Conservação (como parques e reservas) e num projeto chamado Municípios Verdes, que foi criado com o objetivo de retirar as cidades da lista de campeãs de destruição da floresta. O IFT, por exemplo, tem trabalhado com o Municípios Verdes em Almeirim (PA). A intenção é evitar que o local aposte na destruição da floresta para se desenvolver economicamente. "Almeirim é o terceiro maior município do Pará e ainda tem muita floresta. Queremos criar um novo modelo de desenvolvimento ali", conta Marco Lentini, diretor executivo do IFT. Para compor o fundo, os valores sairão do caixa da Vale e terão uma contrapartida de 20% por parte das organizações não governamentais, explica Vania Somavilla, diretora de sustentabilidade da mineradora.

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