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G20 vê necessidade de ação coordenada--ministro da Austrália

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Por Redação
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Representantes das maiores economias do mundo concordaram neste sábado quanto à necessidade de uma ação coordenada para combater a crise financeira global, informou uma autoridade econômica da Austrália. "Eu acho que existe um consenso sobre a necessidade de ações coordenadas e decisivas globalmente, considerando antes de mais nada a política fiscal", disse à Reuters o ministro do Tesouro da Austrália Wayne Swan nos corredores da reunião do grupo dos 20 países, que inclui as maiores economias do mundo. "É muito importante que aqueles países que tiverem a capacidade de estimular suas economia façam isso." Swan afirmou em uma entrevista que também existe acordo sobre a necessidade de novas políticas de alívio monetário em diferentes partes do mundo. Os bancos centrais da China e dos Estados Unidos já estão cortando suas taxas de juro, em uma tentativa de amortecer o impacto da crise de crédito em suas economias. Dirigentes de bancos centrais, incluindo Ben Bernanke do Federal Reserve dos EUA e Jean-Claude Trichet do Banco Central Europeu (BCE), participam da reunião do G20. As autoridades concordaram que qualquer ação necessária para estabilizar os sistemas financeiros ao redor do mundo deve ser tomada e que existe a necessidade de uma "reforma fundamental na arquitetura financeira internacional", disse Swan. O ministro também demonstrou preocupação sobre as previsões do Banco Mundial de desaceleração do crescimento econômico nos países emergentes. "O crescimento está se reduzindo dramaticamente nas nações desenvolvidas, mas nós ouvimos hoje informações do Banco Mundial de que isso está agora se espalhando para as nações em desenvolvimento. Tanto que as economias emergentes estão sendo impactadas agora muito mais dramaticamente pela crise financeira global", disse Swan, acrescentando que a desaceleração econômica pode atingir a Austrália, grande parceira comercial de países como a China. "Nós já notamos uma desaceleração no crescimento australiano e uma desaceleração no crescimento global, mas a partir do relatório do Banco Mundial, essa desaceleração econômica parece mais dramática do que muitos pensaram inicialmente", disse. (Reportagem de Krista Hughes)

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