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Geólogos dos EUA esperam julgamento em São Carlos

Por Joana Matushita
Atualização:

Os três geólogos americanos presos na semana passada quando extraíam sedimentos em lagoas do Pantanal (MS) vão morar em São Carlos, interior de São Paulo, enquanto aguardam julgamento do processo que respondem pelos crimes de usurpação do patrimônio da União, lavra e pesquisa ilegais em área de preservação ambiental. Mark Andrew Tress, Kelly Michael Wendt e Michael Matthew McGlue estavam há nove dias na delegacia da Polícia Federal em Corumbá (440 km de Campo Grande) e foram liberados na quinta-feira por decisão da juíza Eliana Borges de Mello Marcelo, da 1ª Vara Federal. Cada um pagou fiança de R$ 5 mil. Segundo o advogado Roberto Lins, que os representa, a Justiça ordenou a retenção dos passaportes dos pesquisadores até o final do inquérito, e eles optaram por residir em São Carlos, onde está instalado um campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp), com a qual desenvolvem projeto de pesquisa. Os americanos foram presos pela Polícia Federal na Baía Vermelha, na região do Amolar, juntamente com os pesquisadores brasileiros Aguinaldo Silva e Fabrício Aníbal Corradini, da Unesp de Rio Claro. Eles também foram detidos pela PF e liberados após pagamento de fiança. O grupo fazia trabalho de prospecção para coletas de material do solo pantaneiro sem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Os americanos disseram que realizam a pesquisa desde 2007 e que nunca foram fiscalizados no Brasil, mesmo embarcando com material coletado para o Arizona, onde trabalham.

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