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Gol reduz prejuízo com forte alta na receita por passageiro

A companhia Gol Linhas Aéreas reduziu prejuízo no segundo trimestre, apoiada na forte expansão da receita por passageiro no período, mas o resultado ficou aquém das previsões de analistas. A Gol teve prejuízo líquido de 145 milhões de reais no período de abril a junho, perda inferior à de 433 milhões de reais sofrida no mesmo período de 2013. O prejuízo, porém, foi maior que a previsão média de analistas de perda 93,7 milhões de reais, segundo pesquisa Reuters. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e leasing de aeronaves (Ebitdar, na sigla em inglês) ficou positiva em 375,2 milhões de reais, avanço de 59,6 por cento na mesma base de comparação. Favoreceu o resultado da Gol um crescimento de 24 por cento na receita líquida, que atingiu nível recorde para o segundo trimestre, a 2,38 bilhões de reais. O avanço foi possível diante de uma alta de 30 por cento na receita por passageiro, em decorrência da expansão de 17 por cento no yield, indicador que mede o preço de passagens, e na taxa de ocupação de 75,2 por cento no segundo trimestre. Já os custos e as despesas operacionais subiram 20 por cento na comparação anual, a 2,3 bilhões de reais, impactados pelo efeito da desvalorização do real ante o dólar no preço do querosene de aviação e maior pressão inflacionária, disse a Gol. Além disso, o indicador de custo por assento avançou 26 por cento na comparação anual, com a redução da oferta implicando menor diluição de custos. A demanda total do grupo avançou 5,9 por cento e a oferta caiu 4,6 por cento no segundo trimestre ante o ano anterior. No mercado doméstico, a demanda avançou 3,5 por cento e a oferta caiu 6 por cento. Já nos voos internacionais, houve crescimento de 30,2 por cento na demanda e alta de 7,4 por cento na oferta. A empresa obteve o primeiro lucro operacional para um segundo trimestre desde 2010, com lucro antes de impostos e taxas (Ebit) de 38 milhões de reais e margem operacional Ebit de 1,6 por cento. A dívida líquida da companhia recuou 8,5 por cento na comparação anual para 2,59 bilhões de reais no segundo trimestre.

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Por Redação
Atualização:

(Por Priscila Jordão)

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