Governo amplia alcance do Proex e estuda novas mudanças

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Por Redação
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Em mais uma medida para aumentar a oferta de crédito em meio à crise global, o governo estendeu o Programa de Financiamento às Exportações a empresas com faturamento anual de até 600 milhões de reais, frente ao limite anterior de 300 milhões de reais. Com a mudança, o governo espera incluir no programa principalmente empresas do setor de bens de capital, farmacêutico e químico, segundo Lúcia Helena Souza, diretora da Secretaria de Comércio Exterior A medida foi aprovada pela Câmara de Comércio Exterior, que reúne sete ministros, e publicada no Diário Oficial desta quarta-feira. "A decisão da Camex levou em consideração a escassez de crédito para operações de comércio exterior e a necessidade de disponibilizar recursos para um número maior de empresas exportadoras brasileiras, em virtude da crise financeira internacional", informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior em nota. O Proex visa a concessão de crédito a exportadores com custos compatíveis aos do mercado internacional. Para 2009, o programa tem um orçamento de 2,3 bilhões de reais --1,3 bilhão de reais para financiamento e 1 bilhão de reais para equalização de juros. No ano passado, do orçamento total de também 2,3 bilhões de reais, foram usados 70 por cento. A estimativa é de que o programa tenha atendido entre 400 e 500 empresas. Para 2009, o prognóstico é de 800 a 900 empresas beneficiadas. A diretora afirmou que o governo já detectou um aumento no interesse pela linha diante das dificuldades de financiamento no mercado internacional. "Se, por acaso houver necessidade, o Mdic vai brigar por uma suplementação orçamentária para o Proex", disse Lúcia Helena, acrescentando que o governo já trabalha em duas outras modificações. "Estamos trabalhando em um seguro de crédito para pequenas e médias empresas." A outra iniciativa, já perto de ser adotada, é um Proex específico para o financiamento da produção, que ofereceria crédito seis meses antes da exportação de bens e serviços. (Por Isabel Versiani)

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