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Governo britânico oferece 50 bi de libras para ajudar bancos

Por SUMEET DESAI E JODIE GINSBERG
Atualização:

O governo britânico vai injetar 50 bilhões de libras (87 bilhões de dólares) em recursos emergenciais para os bancos do país que foram afetados pela crise financeira global. Depois de intensas negociações durante a noite, que se seguiram a quedas acentuadas dos preços das ações de instituições como o HBOS e o Royal Bank of Scotland (RBS), o ministro de Finanças, Alistair Darling, anunciou nesta quarta-feira algumas medidas que, segundo ele, irão ajudar a impulsionar os financiamentos e restaurar a confiança. "O programa é desenhado para restaurar a confiança e fé no sistema financeiro", afirmou o primeiro-ministro britânico Gordon Brown. O Banco da Inglaterra também vai deixar ao menos 200 bilhões de libras à disposição do sistema bancário. Os bancos ficaram satisfeitos com o pacote, mas boa parte das ações das instituições amargaram novas quedas, à medida em que operadores ainda aguardavam mais detalhes sobre a proposta do governo. Os únicos papéis do setor financeiro em alta nesta quarta-feira eram os do HBOS e do RBS. As ações do HBOS, que concordou em ser comprado pelo Lloyds e foi o maior perdedor de terça-feira, subiam 48,94 por cento. Já os papéis do RBS avançavam 16,78 por cento. Na lista dos recuos, destaque para o Lloyds, em queda de 4,43 por cento, o Barclays, com perda de 9,65 por cento, e o Standard Chartered, em queda de 13,12 por cento. Essas instituições estão entre o sete bancos britânicos, incluindo Abbey, HSBC e RBS e a maior instituição da área de construção do país --a Nationwide--, que irão aumentar seu capital (o chamado Tier 1 Capital) em 25 bilhões de libras, em conjunto. O Tier 1 Capital é a principal medida de força de uma instituição financeira na Grã-Bretanha. O governo disse que vai deixar à disposição destas instituições cerca de 25 bilhões de libras, que poderão ser inejetados como ações preferencias ou ações com pagamento de juros, que oferece uma forma mais garantida de rendimento para o detentor do papel. O governo também se colocou à disposição para aumentar sua participação nestas instituições por meio da compra de ações ordinárias, caso seja necessário.

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