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Governo cria programa de incentivo a pesquisa científica

Por Bernardo Caram
Atualização:

Foi lançado nesta quarta-feira, 25, por meio de decreto presidencial, o Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento, que terá o objetivo de promover interlocução entre governo, universidades, centros de pesquisa e setor privado para aumentar a participação dos investimentos em pesquisa no Brasil. O programa, que será comandado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, vai focar em áreas consideradas estratégicas, com prioridade para três setores: agricultura, saúde e energia. A assinatura do decreto foi no Palácio do Planalto.De acordo com o ministro de Ciência e Tecnologia, Clélio Campolina, para que uma plataforma seja criada é necessário o cumprimento de etapas. Depois da definição de áreas prioritárias, é lançado um edital público para que consórcios envolvendo empresas e área acadêmica demonstrem interesse. No edital, estarão presentes uma agência de fomento e uma agência de financiamento, como o CNPQ e o BNDES. Somente após avaliação e seleção, as plataformas serão criadas."No caso da dengue, por exemplo, já existe muita pesquisa avançada mas não existe conexão entre pesquisa e base empresarial", explicou o ministro, destacando o objetivo do projeto. Segundo ele, podem ser destinados R$ 2 bilhões por ano para as plataformas, mas o custo de cada uma é variável. "Alguns setores já estão mais maduros, como o da aeronáutica. Já tem uma grande empresa, a Embraer, e um grande centro de pesquisa. É mais fácil (desenvolver a plataforma)", disse.A meta do governo é criar 20 plataformas em 10 anos. A primeira só deve ser criada em 2015, já no próximo governo. "Essas questões são estruturais, não partidárias. Os empresários estão envolvidos, o meio acadêmico está envolvido", respondeu ao ser questionado sobre a incerteza que isso poderia gerar no programa. "Espero que ainda este ano, a gente lance os primeiros editais", completou o ministro.

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