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Governo dos EUA aprova morte de líder do Hezbollah

Porta-voz do Departamento de Estado afirmou que Imad Mughniyeh era 'terrorista'.

Por Da BBC Brasil
Atualização:

Os Estados Unidos afirmaram que aprovam a morte do líder do Hezbollah Imad Mughniyeh, na terça-feira, em Damasco. Sean McCormack, porta-voz do Departamento de Estado americano, afirmou que o mundo será "um lugar melhor" sem a presença de Mughniyeh. "Ele era um assassino e um terrorista responsável pela perda de incontáveis vidas de inocentes e, de uma forma ou de outra, foi feita justiça com ele", disse. McCormack afirmou que os Estados Unidos não sabem quem poderia ser responsabilizado pela morte de Mughniyeh, mas aprovam a morte do líder do Hezbollah de qualquer maneira. Os Estados Unidos atribuíam a Mughniyeh a responsabilidade pelo atentado suicida na base dos fuzileiros navais em Beirute, em 1983, no qual 241 americanos foram mortos, e vinham oferecendo uma recompensa de US$ 5 milhões por informações sobre o seu paradeiro. Mughniyeh era considerado um dos homens mais procurados do mundo, quase como Osama Bin Laden, da Al-Qaeda, e estava na lista dos mais procurados do FBI desde 2001. Israel O governo de Israel negou qualquer envolvimento do país no assassinato do líder do Hezbollah. Segundo uma nota divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro Ehud Olmert, "Israel está estudando os relatos, do Líbano e da Síria, sobre a morte do líder do Hezbollah e teve conhecimento dos detalhes pelas informações da imprensa nas últimas horas. Israel rejeita a tentativa de grupos terroristas de lhe atribuir qualquer envolvimento nesse evento". O porta-voz do grupo palestino Hamas, Sami Abu Zuhri, atribuiu a responsabilidade pelo assassinato a Israel e aos Estados Unidos. Mas, a notícia foi recebida com satisfação por muitos líderes políticos israelenses, que consideram Imad Mughniyeh responsável pelos atentados de 1992 contra a embaixada israelense em Buenos Aires, que deixou 29 mortos, e de 1994 contra o centro da comunidade judaica, também na capital argentina, que deixou 85 mortos e cerca de 200 feridos. O deputado Itzhak Ben Israel, do partido de centro Kadima, afirmou que "o mundo deve abençoar a morte de Mughniyeh". Silvan Shalom, líder do partido de direita Likud e ex-ministro das Relações Exteriores, disse que "não há dúvida que a morte de Mughniyeh vai contribuir para a luta contra o terrorismo mundial". Além dos Estados Unidos e Israel, a Argentina e a Arábia Saudita também estiveram à procura do líder do Hezbollah, considerado responsável por atentados cometidos em seus territórios. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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