Governos não devem coibir profissionais de saúde de tratarem vítimas de Ebola na África, diz ONU

Estados norte-americanos emitiram novas regras sobre quarentena para pessoas que voltam da África Ocidental

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:
Segundo o chefe da Missão da ONU para a Resposta de Emergência ao Ebola, Anthony Banbury, a maior prioridade da missão é receber centenas de profissionais de saúde Foto: Arie Kievit/EFE

Os governos têm que evitar qualquer atitude que possa restringir viagens de profissionais de saúde muito necessários na África Ocidental para enfrentar o Ebola, disse nesta segunda-feira o chefe da missão da ONU contra o vírus, acrescentando que decisões sobre quarentena não devem ser baseadas na histeria.

PUBLICIDADE

Os Estados norte-americanos de Nova York, Nova Jersey e Illinois emitiram novas regras sobre quarentena para pessoas que voltam da África Ocidental em resposta a temores de que as diretrizes federais dos EUA não são suficientes para conter o surto concentrado em Guiné, Libéria e Serra Leoa.

Uma enfermeira deixada em quarentena após voltar de Serra Leoa criticou no domingo o fato de ter sido posta em isolamento, e disse que não representava qualquer ameaça de contaminação.

"As decisões (sobre quarentena) devem ter como base a ciência e os fatos, e não um exagero ou uma histeria, e as decisões devem ser tomadas de forma a promover a mais rápida e efetiva resposta possível à crise de Ebola na África Ocidental", disse à Reuters Anthony Banbury, chefe da Missão da ONU para a Resposta de Emergência ao Ebola.

"Qualquer coisa que possa dissuadir pessoas do exterior treinadas a vir aqui para a África Ocidental se juntar a nós na linha de frente do combate seria muito, muito infeliz", acrescentou, em entrevista.

Banbury disse que a maior prioridade da missão é receber centenas de profissionais de saúde.

(Reportagem de Matthew Mpoke Bigg)

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.