
12 Março 2012 | 14h59
Os rodoviários reivindicam 49% de reajuste nos salários, folhas de tíquete-alimentação de R$ 15, a instalação de banheiros femininos nos pontos finais e participação nos lucros e resultados (PLR). O Setra-BH, porém, ofereceram reajuste de 13% no salário dos motoristas e trocadores, com aumento de 20 minutos diários na jornada de trabalho, e de 9% para a manutenção e administração, ou aumento de 6% sem alteração na jornada, além de abono de R$ 150 na participação dos lucros (para quem ganha até R$ 1.000), e R$ 300 para quem recebe acima desse valor.
No início da tarde, a BHTrans, responsável pelo gerenciamento do trânsito e do transporte coletivo na capital, notificou os concessionários e informou que pode puni-los porque é "obrigação manter reserva técnica suficiente para atender os níveis de serviços e elaborar e implementar esquemas de atendimento emergencial à população".
De acordo com o órgão, as estações Vilarinho, Barreiro e Diamante tiveram, respectivamente, 100%, 99% e 95% das viagens previstas descumpridas, enquanto nas estações São Gabriel e Venda Nova cerca de metade das viagens foram realizadas.
O sindicato dos trabalhadores afirma que 30% da frota está em circulação, como exige a lei. Mas a Polícia Militar teve que reforçar o efetivo nas garagens para garantir a circulação de coletivos e prendeu dois trabalhadores que roubaram chaves de ônibus além de outro que estaria apedrejando veículos que estavam nas ruas. Apenas na capital, uma média de 1,6 milhão de pessoas usam os ônibus diariamente, número que sobe para cerca de 2,1 milhões com passageiros da região metropolitana. Em Belo Horizonte, a frota é composta por 3.010 ônibus que fazem 27.567 viagens diárias, distribuídas por 296 linhas.
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