Greve de policiais é discutida por mais de 18h na Alesp

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Por Ricardo Valota
Atualização:

Por volta das 3h30 desta madrugada, depois de mais de 18 horas de sessões na Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp), deputados estaduais da base do governo e da oposição encerraram por enquanto as discussões em torno dos quatro projetos do governo estadual para que seja encerrada a greve da Polícia Civil, que já dura quase 2 meses. O primeiro dos cinco projetos enviados pelo governador José Serra (PSDB) à Alesp chegou a ir a plenário, mas a votação foi adiada. Serra enviou mensagens aos deputados, pedindo urgência nas votações. O parecer do Projeto de Lei nº 59, que aumenta em 6,5% o salário dos delegados, foi aprovado durante a tarde de ontem nas comissões. Todas as emendas apresentadas pela oposição como forma de atrasar o processo foram retiradas pelo relator, o deputado Roberto Engler, do PSDB, que alegou inconstitucionalidade. Novamente, na noite de hoje, em sessão ordinária, todos os projetos deverão receber emendas. Uma sessão extraordinária será convocada na seqüência. Amanhã, devem seguir para a apreciação das comissões. Só depois disso, possivelmente na sexta-feira, voltarão ao plenário para ser votados. As discussões entre os parlamentares foram acompanhadas por cerca de 30 policiais civis. O grupo vaiou os votos da base aliada. Em coro, os policiais gritavam pela manutenção da greve. O líder do governo, deputado Barros Munhoz, deu sinais de que a base poderia ceder um pouco, para alterar a proposta, mas negou pressão por parte de José Serra. Anteontem, os policiais civis decidiram manter a greve, que foi iniciada em 16 de setembro. A categoria quer 15% de aumento para este ano, e outras duas parcelas, de 12%, em 2009 e em 2010. Os projetos do governo concedem 6,5% de aumento em 2009 e o mesmo porcentual em 2010, além de aposentadoria aos 30 anos de serviço e extinção da faixa salarial mais baixa de todas as carreiras da Polícia Civil.

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