Professores e funcionários da Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo, localizada a 190 km de São Paulo, retornaram às suas atividades nesta segunda-feira, após um mês em greve. Durante esse período, cerca de 1.600 alunos da unidade ficaram sem aulas e sem as demais atividades acadêmicas.
A volta ao trabalho ocorre após a suspensão dos salários dos 210 servidores técnicos e administrativos e 92 professores da unidade, que deveriam ter sido pagos na terça-feira, 6. A suspensão foi uma resposta da Secretaria de Estado da Fazenda em represália à greve. A decisão de voltar ao trabalho foi tomada em assembleia realizada ontem.
Durante os 31 dias de greve, segundo o sindicato dos funcionários, não houve nenhuma iniciativa de negociação por parte do governo do Estado.
A USP promete acertar os salários até quarta-feira, 14, e também vai equiparar o salário dos funcionários de Lorena aos demais servidores da universidade, principal reivindicação dos grevistas.
No entanto, eles permanecerão vinculados à Secretaria de Estado do Desenvolvimento, como prestadores de serviço, e não integrarão os quadros da USP.
Segundo o sindicalista Vitor Alves, a USP se comprometeu também em renovar o contrato por cinco anos e pagar gratificação para equiparar o salário. "Se não cumprirem, voltaremos à greve", disse Alves.