
31 Agosto 2009 | 17h50
A composição com 78 vagões seguia de Alto Araguaia (MT) para o Porto de Santos. Não houve feridos ou danos ao meio ambiente, mas a circulação de trens ficou interrompida até as 15 horas. Cerca de 50 homens da ALL trabalharam para a liberação do trecho e reconstituição das linhas. Os vagões descarrilados sofreram avarias e serão retirados hoje do local. A ALL abriu sindicância para apurar as causas do acidente - o laudo estará pronto em 30 dias -, mas já adiantou que não teve relação com a greve. A empresa alega que o movimento paredista não conseguiu adesão.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias Paulistas, no entanto, informou que a adesão foi próxima de 90%, afetando o transporte de combustível, a partir da Refinaria do Planalto Paulista (Replan), em Paulínia, para os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. O transporte de álcool de Araraquara para a refinaria de Paulínia também teria sido afetado, assim como o transporte de soja, açúcar, pellets (bagaço de laranja) de Araraquara para a Baixada Santista. A ALL informou, à tarde, que os trens circulavam normalmente.
Dos 1.400 empregados da companhia no Interior de São Paulo e Mato Grosso do Sul, apenas cerca de 60 aderiram à paralisação, segundo a empresa. "A mobilização na unidade de Paulínia foi feita pelos próprios sindicalistas e pessoas não pertencentes ao quadro de colaboradores da companhia, que se concentraram em frente à unidade e tentaram impedir a entrada dos colaboradores e a saída dos trens", informou, em nota. A empresa lembrou que, pela lei de greve, o transporte ferroviário de combustíveis e alimentos é essencial para o País, não podendo sofrer paralisação integral. Os ferroviários reivindicam reposição salarial de 6,48%, mais ganho real de 5,36%. A ALL informou que já fez acordos com a maioria dos trabalhadores e mantém diálogo com os ferroviários.
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