Gripe H1N1 adia aulas no PR e em universidades do DF e MG

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Por Redação
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O surto da gripe H1N1 continuou a tumultuar os calendários escolares nesta quinta-feira, atrasando a volta às aulas na rede estadual do Paraná e na Universidade de Brasília (UnB) para 17 de agosto. Na Universidade Federal de Juiz de Fora, a medida foi mais dura: suspensão das aulas de graduação e pós por tempo indeterminado. Avaliações semanais serão feitas para o eventual retorno às atividades, segundo nota na Internet. Na véspera, o Estado do Rio de Janeiro já havia prolongado as férias dos estudantes até o dia 17, em uma tentativa de conter a propagação do vírus no meio do inverno. Em Brasília, de acordo com nota da secretaria de comunicação da UnB os professores serão preparados para identificar os possíveis casos e orientar os alunos com relação ao atendimento médico, transmissão e sintomas da doença. "São eles que farão a acolhida aos alunos. Seria temerário começarmos o semestre sem que a capacitação de nossos professores", afirmou em entrevista coletiva o vice-reitor da UnB, João Batista, segundo informações da nota. Escolas e universidades em outros Estados, como São Paulo e Rio Grande do Sul, também já adotaram medidas semelhantes. Outras atividades e eventos esportivos, no entanto, não têm sido suspensos de um modo geral pelo Brasil. Levando em conta os dados confirmados pelas secretarias estaduais de Saúde, o país teve 132 vítimas da nova gripe. Gestantes e portadores de doenças cardíacas ou neurológicas são os mais vulneráveis, de acordo com o Ministério da Saúde, que entre 25 de abril e 1o de agosto registrou quase 3 mil casos. DISTRIBUIÇÃO DE REMÉDIOS São Paulo é o Estado mais afetado, com 50 mortes confirmadas. Na capital, a prefeitura anunciou que vai ampliar a rede de distribuição do Oseltamivir, medicamento usado contra a gripe H1N1 com o nome comercial Tamiflu. A distribuição, que passará de 30 para 145 pontos na cidade, será restrita aos gripados que tenham receita médica e apresentem fatores de risco. Outras cidades paulistas informaram falecimentos pela nova gripe, que ainda não foram contabilizados pela secretaria de Estado. Em Santos, uma dona de casa de 39 anos foi a primeira vítima da cidade. Nova Odessa teve a morte de um representante comercial de 45 anos, e Campinas assistiu ao oitavo óbito na cidade relacionado à nova doença. O Rio Grande do Sul, que nesta quinta-feira confirmou outras três mortes, é o segundo Estado mais afetado, com 32 falecimentos. Em seguida vêm Paraná (25), Rio de Janeiro (19), Santa Catarina (3), Pernambuco (1), Paraíba (1) e Bahia (1). Nesta quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que espera que as primeiras vacinas contra a gripe H1N1 estejam prontas em setembro. Ela não deu uma previsão para a chegada das doses especificamente ao Brasil. (Reportagem de Silvio Cascione, Adriane Piscitelli e Ana Paula Paiva)

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