Mais de mil pessoas morreram na última semana por causa da gripe H1N1, segundo dados oficiais divulgados na sexta-feira pela Organização Mundial da Saúde, elevando o total desde o início da epidemia para pelo menos 7.826 vítimas fatais. Mais de metade das últimas mortes foram registradas nas Américas. A temporada de gripes, característica do inverno, chegou mais cedo ao Hemisfério Norte neste ano e continua sendo intensa em grande parte da América do Norte e Europa. "Nos Estados Unidos e Canadá, a transmissão de 'influenza' continua muito ativa e geograficamente disseminada", disse a OMS, acrescentando que a doença agora parece ter atingido seu auge em todas as regiões dos EUA. "No Canadá, a atividade da 'influenza' continua semelhante, mas o número de hospitalizações e mortes está crescendo." Ainda é cedo para dizer se já houve um pico das contaminações no Hemisfério Norte, disse na quinta-feira a principal autoridade da OMS para questões de gripes, e ainda levará algumas semanas para que haja uma tendência de queda no número de afetados. O vírus pandêmico está provocando contaminações generalizadas na Europa, e em muitos lugares há um forte aumento. Suécia, Noruega, Moldova e Itália registram uma "atividade altíssima", e os serviços sanitários estão sobrecarregados na Albânia e em Moldova, segundo a OMS. Em outros países europeus, como Bélgica, Irlanda e Sérvia, a epidemia parece já ter chegado ao seu auge. A transmissão da gripe também é notável no extremo oriente e continua "estavelmente elevada" no Japão, mas pode já estar começando a diminuir ligeiramente em várias cidades do país, segundo a OMS, que é um órgão da ONU. Já nas zonas temperadas do Hemisfério Sul tem sido registrada pouca atividade da gripe pandêmica. (Reportagem de Stephanie Nebehay)