18 de junho de 2013 | 08h52
Alguns carros passam buzinando em apoio aos manifestantes. Eles afirmam que não têm pretensão de ir embora. Durante a madrugada, o grupo manteve contato com apoiadores por meio das redes sociais pedindo reforço de gente, água e comida. Por volta das 3h da manhã, um senhor de, aproximadamente, 50 anos trouxe esfirras para o grupo. Segundo os ativistas, ele é pai de uma jovem que foi presa no ano passado participando de manifestações e agora responde por formação de quadrilha.
"Não estou cansado. Vou participar da manifestação de hoje na Praça da Sé", afirma o ativista Jonathan Almeida. "Não é só pelo aumento da tarifa, mas também por melhorias no transporte, saúde e educação", completa Anderson Rocha, outro manifestante.
A entrada do Palácio dos Bandeirantes foi totalmente pichada e está com cartazes colados. Um deles traz a frase "Não foi o povo que quebrou a viatura", em referencia a um carro da polícia parado atrás do portão, com o vidro quebrado.
Manifestações
Uma nova onda de protestos, maior do que as anteriores e com um leque de reivindicações mais amplo, voltou a tomar conta das ruas de importantes cidades, em diferentes regiões, nessa segunda-feira, 17. A maior, em São Paulo, reuniu cerca de 50 mil pessoas, segundo estimativa da PM. Foi a quinta na capital paulista e a primeira sem confrontos com a polícia. No final da noite desta segunda, um grupo minoritário tentou invadir o Palácio, mas foi repelido com bombas de gás. Em todo o País, a estimativa é que 230 mil pessoas foram às ruas protestar. As marchas foram caracterizadas sobretudo por expressões de rejeição da política institucional.
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