14 de junho de 2013 | 19h29
Na avaliação do grupo, vinculado ao Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), as agressões sofridas pelos manifestantes e pelos profissionais de comunicação "configuram graves violações de Direitos Humanos e afrontam a democracia, uma vez que ofendem de forma violenta a liberdade de manifestação e o livre exercício da comunicação".
A atuação da Polícia Militar de São Paulo na desocupação da área central da capital do Estado resultou na agressão de vários profissionais de comunicação, de veículos como Folha de S.Paulo, Carta Capital, site Terra e agência de fotografia Futura Press. Há casos de repórteres e fotógrafos que foram alvejados com tiros de bala de borracha no rosto. Um jornalista da Carta Capital chegou a ser preso. "Estamos em contato com os profissionais feridos, bem como com as entidades representativas da categoria em São Paulo, a fim de manifestar solidariedade e a disposição de acompanhar essa situação, inclusive para identificação e responsabilização dos autores desses crimes", afirma a nota.
O grupo informa que realizará no próximo dia 25, a partir das 14 horas, a sua primeira audiência pública, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. "Anunciamos desde já que a violência contra os profissionais neste episódio estará na pauta da reunião", diz o documento.
O órgão, que começou a trabalhar no dia 20 de fevereiro, é composto por representantes de vários integrantes do governo e entidades da sociedade civil e tem como missão analisar casos de violência contra profissionais da comunicação no exercício profissional e propor ações e diretrizes para o combate a esta violência.
O grupo conta com representantes da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, dos ministérios da Justiça e de Comunicações, do Ministério Público Federal, da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), da Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom), da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Radiodifusão e Televisão (Fitert) e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). O CDDPH, conselho ao qual o grupo é vinculado, foi criado por lei em 1964 tendo como objetivo principal promover e defender os direitos humanos no país.
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