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Habitantes de ilhas escocesas vão participar de estudo genético sobre osteoporose

As pessoas que apresentarem diminuição da massa óssea terão seu DNA analisado em diversos laboratórios

Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 2 mil habitantes das ilhas Orkney, no norte da Escócia, participarão de um estudo genético para buscar um possível tratamento para a osteoporose. As ilhas Orkney foram escolhidas pelo seu isolamento e pela estabilidade que caracteriza sua população, o que facilita a busca dos genes que estão na origem da propensão à doença. Os cientistas da Universidade de Edimburgo e da Royal Society da capital escocesa pretendem identificar os genes que estão na origem da propensão à doença, que provoca a perda de massa óssea. Uma equipe de enfermeiros vai medir a densidade óssea dos voluntários na cidade de Kirkwall, a maior do arquipélago. O projeto vai usar uma máquina especial conhecida pela sigla inglesa Dexa (Dual Energy X-ray Bone Densitometer). As pessoas que apresentarem diminuição da massa óssea terão seu DNA analisado em diversos laboratórios de Edimburgo. "Esperamos obter resultados de grande utilidade para desenvolver testes genéticas que permitam calcular o risco de fraturas ósseas, além de novos remédios para a prevenção e o tratamento da osteoporose", afirmou o chefe dos pesquisadores, Stuart Ralston. Segundo Ralston, professor da Universidade de Edimburgo, embora já tenham sido identificados alguns genes que predispõem à doença, falta descobrir a maior parte. "Sabemos que os fatores genéticos contribuem em aproximadamente 80% para a densidade óssea das pessoas. Mas só conhecemos até agora 5% deles", explica Ralston. Jim Wilson, da unidade de genética da Royal Society, afirmou que é impossível fazer um estudo desse tipo numa grande cidade por causa das muitas influências genéticas, trazidas por pessoas do mundo inteiro.

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