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Haddad evita embate com governo sobre Cracolândia

Por BEATRIZ BULLA E ARTHUR RODRIGUES
Atualização:

Um dia depois de ter classificado como "lamentável" a ação da polícia civil na região da Cracolândia e ter se mostrado indignado, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), baixou o tom nesta sexta-feira, 24, e evitou declarações que gerassem um embate com o governo estadual. Ao falar com jornalistas após inaugurar um ponto de internet pública no Pateo do Collegio, centro da capital, o prefeito disse que o esforço da Prefeitura será para retomar a operação Braços Abertos. Haddad elogiou o trabalho da polícia militar do Estado, que chamou de "grande parceira"."Já me manifestei. Nosso objetivo agora é retomar o programa como ele foi concebido", disse Haddad. Ele lembrou que esta sexta-feira é o primeiro dia de pagamento para os dependentes que aderiram ao programa e começaram a trabalhar. "Nossa obsessão vai ser retomar o projeto e inclusive com o apoio do governo do Estado", disse.O governador do Estado, Geraldo Alckmin, não se manifestou sobre o assunto ontem, deixando o pronunciamento a cargo do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), o responsável pela operação. Hoje, questionado sobre a conversa que teve com o governador na quinta-feira, Haddad se esquivou: "a reação foi boa". "A própria polícia militar atuou no sentido de acalmar as pessoas, é preciso reconhecer isso. A PM foi e tem sido grande parceira", ressaltou Haddad.O trabalho da Prefeitura na região da Cracolândia continua também com o trabalho de motivar novamente os agentes de saúde e assistência social, que, segundo Haddad, ficaram "abalados com o bombardeio". "Pode espernear, nós vamos fazer o programa acontecer", indicou.Ele se declarou confiante com a retomada do trabalho e, mais uma vez, destacou a parceria com a PM, dizendo que os policiais militares estão atuando conforme combinado na região.

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