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Haddad silencia; subsídio depende da União, diz Tatto

Por CAIO DO VALLE
Atualização:

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), não se manifestou até às 21h30 desta sexta-feira sobre a quinta e maior manifestação pela queda no valor da tarifa do ônibus na capital paulista. Sem o registro de atos de violência por parte dos manifestantes, Haddad espera abrir o canal de diálogo com o grupo nesta terça-feira, 18, durante reunião extra do Conselho da Cidade. O primeiro contato já ocorreu nesta segunda-feira, quando ele e uma das representantes do movimento, Nina Capello, se encontraram rapidamente na sede da Prefeitura para combinar a apresentação do grupo na abertura da reunião. Já o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, voltou a dizer que a revisão do reajuste das passagens é uma decisão que extrapola o âmbito municipal. Como solução, Tatto defendeu que os usuários de carro financiem o transporte público em São Paulo, com o objetivo de frear o aumento das passagens. Para isso, ele sugere que o imposto que incide sobre os combustíveis (Cide) deixe de ser federal, passe a ser municipal e se reverta para o sistema de ônibus."Acho que quem devia pagar e financiar o transporte público é o usuário do transporte individual. É uma tese", disse Tatto, enquanto vistoriava o primeiro dia das faixas exclusivas para ônibus na Marginal do Tietê. "A Prefeitura tem condição de arcar sozinha com os custos do transporte? Parece-me que não, até porque neste ano já vai gastar R$ 1,2 bilhão em subsídios."Tatto ainda afirmou que o espaço na cidade de São Paulo "não é democrático", já que os passageiros de ônibus são penalizados pelos que utilizam automóveis todos os dias. "O usuário do carro usa um espaço além do espaço dele, usa muito mais espaço no viário." Sobre a cobrança por gratuidade no transporte público, ele disse que quem tem condição de pagar deveria fazer isso para não onerar os outros passageiros. A respeito das manifestações por tarifa zero, ele foi enfático: "Não adianta só fazer a manifestação, você tem de ter propostas. E a Prefeitura não se recusou, em nenhum momento, a dialogar com o Movimento Passe Livre e isso vai continuar acontecendo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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