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HC de SP começa a realizar testes para gripe suína

Por AE
Atualização:

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo (HC-FMUSP) começou a fazer testes para confirmar a gripe suína em seus pacientes e nos doentes do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. A estratégia, adotada na semana passada, pretende tornar mais ágil a internação e melhorar a ocupação dos quartos, já que uma pessoa com suspeita de gripe - que já matou, segundo contagem até ontem, 129 pessoas no País - tem de ficar isolada e não pode dividir o espaço. O cuidado é adotado quando mais de um paciente apresenta sintomas. ?Só podemos internar dois pacientes no mesmo quarto quando o agente causador da gripe é o mesmo?, diz o diretor da FMUSP, o infectologista Marcos Boulos. Com a medida, a capacidade de internação dos dois hospitais deverá aumentar de forma expressiva. A descentralização dos exames foi um dos pontos abordados ontem em reunião no Ministério da Saúde para discutir estratégias de combate à Influenza A (H1N1), a chamada gripe suína. ?A medida é importante não para a condução do tratamento, mas para melhorar a qualidade de assistência?, defende o diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, David Uip. Segundo ele, alguns hospitais de São Paulo também começam a fazer os exames. Quando os primeiros casos suspeitos surgiram, todos eram testados. Há um mês, a indicação de testes foi restrita a pacientes graves. Atualmente, três hospitais de referência são usados pelo ministério para testes de gripe suína: Adolfo Lutz (SP), Farmanguinhos (RJ) e Evandro Chagas (PA). Todos os exames com sintomas graves vão para esses laboratórios. Com o aumento de casos, o tempo de espera aumentou. Boulos conta que, no HC, era preciso esperar uma semana. Com o exame feito no hospital, o prazo caiu para, no máximo, 24 horas. MortesO total de mortes no Brasil provocadas pela gripe suína e confirmadas pelos Estados chegou ontem a 129. Apenas no Paraná, 21 óbitos foram confirmados ontem e o Estado passou a ser o terceiro com o maior número. São Paulo e Rio Grande do Sul continuam sendo os que possuem mais registros de óbito decorrentes da enfermidade - 50 e 29, respectivamente. Na Argentina, um dos países com maior número de mortes, o total de vítimas estava em 275 até a semana passada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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