
26 de outubro de 2012 | 21h05
"Essa ainda é realmente a minha mesma mentalidade", disse Hillary em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal The Washington Post.
"Tenho como meta sair logo depois da posse. Esse é o meu plano. Mas não pude sentar e conversar com o presidente ainda, porque ele está tentando vencer uma eleição, o que tomara que seja finalizado logo. E aí vamos conversar acerca de como fazer a transição."
O futuro de Hillary voltou a ser alvo de especulações depois de o Wall Street Journal noticiar nesta semana que ela cogitava adiar a saída.
A ex-primeira-dama e ex-senadora, muitas vezes citada como possível candidata presidencial pelo Partido Democrata em 2016, disse em várias ocasiões que pretendia passar apenas quatro anos como secretária.
Um assessor alertou jornalistas a não especularem demais sobre uma possível mudança de planos.
Na entrevista, Hillary disse que dificilmente será convencida a permanecer como secretária além do período imediato de transição.
"Realmente não estou aberta a continuar mais, mas também sei que precisamos estar conscientes do trabalho que tem de ser feito", afirmou ela ao Post. "E, mais uma vez, terei de conversar com o presidente."
Hillary, apontada como uma das mais populares integrantes do gabinete de Obama, disse que pretende se afastar ao menos temporariamente da vida pública a partir de 2013.
Analistas dizem que, se Obama for reeleito, o comando do Departamento de Estado poderá ser entregue ao senador John Kerry ou à embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas (ONU), Susan Rice.
As pesquisas indicam uma disputa acirrada de Obama contra o republicano Mitt Romney na eleição presidencial de 6 de novembro.
(Reportagem de Andrew Quinn)
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