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Homem mantinha leoa de 90 quilos dentro de casa no Rio

O animal era mantido em uma jaula improvisada nos fundos da casa e não era regularizado pelo Ibama

Por Gustavo Uribe e da Agência Estado
Atualização:

Uma leoa com aproximadamente 90 quilos foi apreendida nesta quarta-feira, 14, em uma residência vizinha a uma creche, na Praça Seca, zona oeste do Rio. O animal era mantido em uma jaula improvisada nos fundos da casa e não era regularizado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). Segundo informações do fiscal Rodrigo de Carvalho, que participou da operação, foram mobilizados funcionários do Ibama e da Polícia Federal (PF) para anestesiar a leoa e levá-la em segurança ao seu novo lar, o zoológico de Volta Redonda, na zona sul fluminense. No interior da residência, além da leoa, foram encontrados dois cães da raça rottweiler e um macaco-prego, cuja situação também era irregular. Com um mandado de apreensão expedido pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, os fiscais do Ibama chegaram pela manhã na residência do dono da leoa, cujo nome não foi divulgado. Tentaram entrar no local, mas não tiveram sucesso. Segundo Carvalho, foi chamado um chaveiro para que arrombasse a casa e permitisse a entrada das autoridades. O dono da casa foi autuado em R$ 2 mil pela posse da leoa e em R$ 500 por manter em cárcere privado o macaco-prego, que também será levado ao zoológico de Volta Redonda. Ele também responderá a um processo criminal, cuja pena pode chegar a dois anos de prestação de serviços comunitários. O animal nasceu na residência e vive há 12 anos no local, desde que os pais foram abandonados por um circo local. O dono da leoa tenta desde 2004 regularizar a situação do animal, o que, segundo a assessoria do Ibama, é possível pela portaria 108 da instituição. Na primeira visita dos fiscais à residência, em 2005, foi-lhe entregue uma notificação para que ele adequasse o quintal dos fundos da casa a um ambiente propício ao desenvolvimento do animal. No entanto, uma das exigências do Ibama era que o dono da leoa conseguisse uma autorização da Prefeitura do Rio de Janeiro, que foi solicitada ainda em 2005, mas não foi entregue até hoje.

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