
23 de julho de 2011 | 09h33
Testemunhas disseram que o atirador, identificado pela polícia como um norueguês de 32 anos, disparou contra os jovens que estavam na ilha de Utoeya, a noroeste de Oslo, causando pânico e levando alguns dos jovens a nadar para fugir dos disparos.
A polícia prendeu o suspeito, um homem alto e loiro, identificado pela imprensa local como Anders Behring Breivik, e o indiciou pelas mortes no encontro de jovens e pelo ataque a bomba na capital norueguesa.
O primeiro-ministro Jens Stoltenberg, expressando a perplexidade que tomou conta do geralmente pacífico país de 4,8 milhões de habitantes, disse: "Uma ilha paradisíaca foi transformada em um inferno".
O vice-chefe da polícia, Roger Andresen, disse que não especulará sobre os motivos do ataque, apontado como o mais sangrento realizado por somente um atirador nos tempos modernos.
"Ele descreve a si mesmo como um cristão, com inclinações para o cristianismo de direita, em sua página no Facebook", disse Andresen.
A imprensa norueguesa afirma que a bomba em Oslo foi feita de fertilizante e que o suspeito é dono de uma empresa, a Breivik Geofarm. Uma outra companhia informou que ele teria usado essa empresa para comprar o material.
"Esses são bens que foram entregues em 4 de maio", disse à Reuters Oddny Estenstad, porta-voz da empresa de abastecimento agrícola Felleskjoepet Agri. "Foram seis toneladas de fertilizante, que é uma encomenda pequena e normal para um produtor agrícola."
Não estava claro se Breivik, membro de um clube de tiro segundo a imprensa local, carregava mais de uma arma ou se tinha munição estocada na ilha. A polícia também encontrou explosivos no local.
A especulação inicial após os ataques se concentraram em grupos militantes islâmicos, mas aparentemente somente Breivik --e talvez outras pessoas associadas a ele e ainda não identificadas-- está envolvido.
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