Identificado homem morto a tiros em protesto no Rio

PUBLICIDADE

Por SERGIO TORRES
Atualização:

Foi identificado como Edilson da Silva dos Santos o homem morto a tiros na noite desta terça-feira, 22, durante protesto de moradores dos morros Pavão-Pavãozinho e Cantagalo. A manifestação, contra a morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, foi muito violenta. Vias importantes do bairro, como a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, a Rua Raul Pompeia e o túnel Sá Freire Alvim, foram interditadas por barricadas de fogo.Santos foi baleado na cabeça durante o confronto dos manifestantes e de policiais militares. Ele morava na comunidade, assim como o dançarino, de 26 anos, que trabalhava no programa Esquenta (Rede Globo), apresentado pela atriz Regina Casé.O protesto, iniciado no início da noite, se estendeu pela madrugada. A situação agora é aparentemente calma. A Polícia Militar (PM) reforçou a vigilância nos acessos e no alto das favelas.O complexo Pavão-Pavãozinho-Cantagalo deveria estar pacificado. Mas, diferentemente do que o governo estadual alardeia já há cinco anos, desde que implantou uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), os tiroteios têm sido constantes.A Polícia Civil informou ter aberto inquéritos para apurar as mortes de Santos e Pereira. Moradores responsabilizam policiais militares da UPP. No caso do dançarino, existe a suspeita de que ele tenha sofrido uma queda, porque o corpo não tinha marcas de tiros. Mas amigos e parentes acusam os PMs de o terem espancado até a morte na segunda-feira, 21. O corpo foi achado nesta terça, 22, à tarde, em uma creche.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.