IGP-M desacelera alta para 0,24% na 2a prévia de março--FGV

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Por Redação
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O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,24 por cento na segunda prévia de março, ante elevação de 0,34 por cento no mesmo período de fevereiro, em meio à desaceleração dos preços no atacado e da construção, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira. Entretanto, em relação à primeira prévia do mês, o índice mostrou aceleração, após avanço de 0,15 por cento. Apesar de mostrarem algum arrefecimento recentemente, os preços continuam gerando preocupações e analistas veem possibilidade de a inflação medida pelo IPCA estourar o limite da meta --de 6,5 por cento-- em algum momento neste semestre. Em fevereiro, o indicador acumulou alta de 6,31 por cento em 12 meses. Na sexta-feira, na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central piorou seus cenários de inflação tanto em 2013 quanto 2014, alertando que é preciso ter "cautela" na condução de política monetária. A desoneração dos produtos da cesta básica, anunciada recentemente pelo governo, deve ajudar a tirar um pouco da pressão sobre os preços. Pela pesquisa Focus do BC, o mercado reduziu suas estimativas para o IPCA neste ano a 5,73 por cento, ante 5,82 por cento. ATACADO Na segunda prévia de março, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, teve alta de 0,11 por cento, ante avanço de 0,27 por cento em igual período de fevereiro. Em relação à origem dos produtos, os agropecuários registraram queda de 0,38 por cento, após recuo de 1,30 por cento anteriormente. Já os industriais desaceleraram a alta a 0,30 por cento, ante 0,90 por cento. Entre os estágios de produção, os preços dos Bens Finais avançaram 0,96 por cento, ante 1,10 por cento anteriormente. Contribuiu para este movimento o subgrupo combustíveis, cuja taxa atingiu 1,16 por cento, ante 4,82 por cento anteriormente. No segmento Bens Intermediários, houve queda de 0,27 por cento, ante alta de 0,83 por cento em fevereiro. A principal contribuição partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa registrou queda de 0,98 por cento, ante alta de 0,37 por cento anteriormente. Já o índice de Matérias-Primas Brutas apresentou variação negativa de 0,44 por cento, contra queda de 1,31 por cento no mês anterior. Os itens que mais influenciaram foram soja em grão (-9,78 para -3,53 por cento), minério de ferro (2,92 para 5,63 por cento) e aves (-2,28 para -0,51 por cento). VAREJO Já o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30 por cento no índice geral, acelerou a alta para 0,63 por cento, contra 0,28 por cento visto anteriormente. A principal contribuição para o resultado partiu do grupo Habitação, que registrou alta de 0,35 por cento após queda de 1,69 por cento em fevereiro. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, registrou elevação de 0,20 por cento, desacelerando ante alta de 0,98 por cento na segunda apuração de fevereiro. O resultado do INCC, que responde por 10 por cento do IGP, foi puxado pela mão de obra, que desacelerou a alta para 0,07 por cento ante 1,23 por cento. Os preços de materiais, equipamentos e serviços registraram avanço de 0,35 por cento, ante 0,70 por cento anteriormente. Além de medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel. A segunda prévia do IGP-M calcula as variações de preços no intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência. (Por Camila Moreira)

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