IGP-M fecha ano com alta de quase 10%, maior desde 2004

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Por Redação
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O índice de inflação utilizado nos reajustes de contratos de aluguel e de algumas tarifas públicas encerrou o ano com alta de quase 10 por cento, apesar de ter registrado deflação em dezembro. O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou em 2008 alta de 9,81 por cento, bem acima dos 7,75 por cento registrados no ano passado. É a maior taxa desde 2004, quando o IGP-M superou 12 por cento. Para o ano que vem, a expectativa do mercado é de que o índice desacelere para 5,5 por cento, de acordo com o relatório Focus do Banco Central. Em dezembro, o índice teve deflação de 0,13 por cento, seguindo a alta de 0,38 por cento apurada em novembro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira. A queda do indicador este mês reflete o forte recuo dos preços no atacado, que respondem por 60 por cento da variação do IGP-M. O Índice de Preços por Atacado (IPA) caiu 0,42 por cento em dezembro, depois de ter subido 0,30 por cento no mês anterior. A queda mais acentuada foi nos preços dos produtos industriais. O IPA agrícola caiu 0,28 por cento em dezembro, seguindo o recuo de 0,96 por cento em novembro. No caso das indústrias, a queda este mês foi de 0,48 por cento, revertendo o movimento apurado no mês anterior, quando o IPA do setor subiu 0,75 por cento. Na outra ponta, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou alta de 0,58 por cento em dezembro, levemente acima do apurado em novembro, quando os preços subiram 0,52 por cento. Cinco das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação, informou a FGV. A principal contribuição partiu do grupo Transportes, que tiveram os preços elevados em 0,50 por cento. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 0,22 por cento, uma desaceleração frente ao avanço de 0,65 por cento apurado no mês anterior. O IGP-M de dezembro foi calculado com base na variação dos preços entre os dias 21 de novembro e 20 de dezembro. No ano, os preços no atacado subiram 10,84 por cento, enquanto o índice dos consumidores avançou 6,07 por cento e o INCC teve alta de 12 por cento. (Reportagem de Renato Andrade)

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